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sábado, 7 de abril de 2007

Rádio Online

terça-feira, 3 de abril de 2007

Deficiências. Por Mário Quintana


DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho nascido em 30/07/1906 e morto em 05/05/1994 .

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."


Eterna gratidão a minha amiga Elisângela, de Pitangueiras, pela amizade e, principalmente, pelo apoio.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

A Canibanalização da Morte!!!!!

"Hey, cadê a foto da mulher morta??? Você tem??? Mostrae, pô!!!"
Essas são as frases mais ouvidas neste final de semana. Por incrível que possa parecer, muita gente fez QUESTÃO de VER como foi, não se contentou em apenas SABER (o que por si só, já me deixou revoltado).
É impressionante a falta de respeito para com a dor alheia, parece que tudo que acontece ao redor não tem mais significado algum.
"Ah! Aconteceu com fulano, não foi comigo, que se dane!!!"
Mas PODERIA TER SIDO, PODERIA TER ACONTECIDO, e então, como seria???
Será que essas mesmas pessoas que estão TÃO ANSIOSAS para ver o estado lastimável em que ficou o corpo de uma mulher, ficariam assim também se fosse o caso de ver uma irmã, prima, sobrinha, mãe???
Mais engraçado (pra não dizer trágico) disso tudo, é que a fotografia do ANORMAL (aqui digo anormal ao invés de animal, pq nunca vi um animal fazer tal coisa) que cometeu a atrocidade só foi aparecer NOS JORNAIS DA CIDADE, não teve foto de celular, não teve foto na internet, nada!!!!
Aposto que também ninguém saiu correndo atrás de saber onde tinha foto do ANORMAL pra colocar no ORKUT, em BLOGS, ou no raio que os parta!!!!!
Não tem como entender a mentalidade desse tipo de gente.
Prefiro muito mais receber um email com mensagens positivas, ou de mulheres bonitas, ou até piadas, mas, por favor, não me mandem email contendo imagens de qualquer tipo de SOFRIMENTO, já me bastam os meus.
Fica aqui registrado todo o meu descontentamento com essa CORJA DE ABUTRES que se delicia com a desgraça alheia.

domingo, 1 de abril de 2007

Só Prá Dar Risada! Imaginem só...

Amiga,
Conforme minha promessa, estou enviando um e-mail contando as novidades da minha primeira semana depois de ser transferida pela firma para o Rio de Janeiro.
Terminei hoje de arrumar as coisas no meu novo apartamento. Ficou uma gracinha, mas estou exausta. São dez da noite e já estou pregada.

Segunda-Feira: Cheguei na firma e já adorei. Entrei no elevador, quase no mesmo instante que o homem mais lindo desse planeta. Ele é loiro, tem olhos verdes e o corpo musculoso parece querer arrebentar o terno.
Lindooooo! Estou apaixonada.
Olhei disfarçadamente a hora no meu relógio de pulso e fiz uma promessa de estar parada defronte ao elevador todos os dias a essa mesma hora. Ele desceu no andar da engenharia.
Conheci o pessoal do setor, todos foram atenciosos comigo. Até o meu chefe foi super delicado. Estou maravilhada com essa cidade. Cheguei em casa e comi comida enlatada. Amanhã vou a um mercado comprar alguma coisa.

Terça-Feira: Amiga! Precisava contar. Sabe aquele homem de quem falei?
Ele olhou para mim e sorriu quando entramos no elevador. Fiquei sem ação e baixei a cabeça. Como sou burra!
Passei o dia no trabalho pensando que preciso fazer um regime. Me olhei no espelho hoje de manhã e estou com uma barriguinha indiscreta. Fui no mercado e só comprei coisinhas leves: biscoitos, legumes e chás. Resolvido! Estou de dieta.

Quarta-Feira: Acordei com dor-de-cabeça. Acho que foi a folha de alface ou o
biscoito do jantar. Preciso manter-me firme na dieta.
Quero emagrecer dois quilos até o fim-de-semana. Ah! O nome dele é Marcelo. Ouvi um amigo dele falando com ele no elevador. E ainda tem mais: ele desmanchou o noivado há dois meses e está sozinho.
Consegui sorrir para ele quando entrou no elevador e me cumprimentou. Estou progredindo, né?
Como faço para me insinuar sem parecer vulgar? Comprei um vestido dois números menor que o meu. Será a minha meta.

Quinta-Feira: O Marcelo me cumprimentou ao entrar no elevador. Seu sorriso iluminou tudo! Ele me perguntou se eu era a arquiteta que viera transferida de Brasília e eu só fiz: "U-hum"...Ele me perguntou se eu estava gostando do Rio e eu disse: "U-hum". Aí ele perguntou se eu já havia estado antes aqui e eu disse: "U-hum". Então ele perguntou se eu só sabia falar "U-hum" e eu respondi: "Ã-hã". Será que fui muito evasiva? Será que eu deveria ter falado um pouco mais? Ai, amiga! Estou tão apaixonada!
Estou resolvida! Amanhã vou perguntar se ele não gostaria de me mostrar o Rio de Janeiro no fin al de semana.
Quanto ao resto, bem... ando com muita enxaqueca. Acho que vou quebrar meu regime hoje. Estou fazendo uma sopa de legumes. Espero que não me engorde demais.

Sexta-Feira: Amiga! Estou arruinada! Ontem à noite não resisti e me empanturrei. Coloquei bastante batata-doce na sopa, além de couve, repolho e beterraba. Menina, saí de casa que parecia um caminhão de lixo. Como eu peidava! (nossa! Você não imagina a minha vergonha de contar isto, mas se eu não desabafar, vou me jogar pela janela! ).
No metrô, durante o trajeto para o trabalho, bastava um solavanco para eu soltar um futum que nem eu mesma suportava. Teve um momento em que alguém dentro do trem gritou: "Aí! Peidar até pode, mas jogar merda em pó dentro do vagão é muita sacanagem!" Uma senhora gorda foi responsabilizada.
Todo mundo olhava para ela, tadinha. Ela ficou vermelha, ficou amarela, e eu aproveitava cada mudança de cor para soltar outro. O meu maior medo era prender e sair um barulhento. Eu estava morta de vergonha. Desci na estação e parei atrás de uma moça com um bebê no colo, enquanto aguardava minha vez de sair pela roleta. Aproveitei e soltei mais um. O senhor que estava na frente da mulher com o bebê virou-se para ela e disse: "Dona! É melhor a senhora jogar esse bebê fora porque ele está estragado!".
Na entrada do prédio onde trabalho tem uma senhora que vende bolinhos, café queijo, essas coisas de camelô. Pois eu ia passando e um freguês começou a cheirar um pastel, justo na hora em que o futum se espalhou..
O sujeito jogou o pastel no lixo e reclamou: "Pô, dona Maria! Esse pastel tá podre!"
Entrei no prédio resolvida a subir os dezesseis andares pela escada.
Meu azar foi que o Marcelo ficou segurando a porta, esperando que eu entrasse. Como não me decidia, ele me puxou pelo braço e apertou o botão do meu andar.
Já no terceiro andar ficamos sozinhos. Cheguei a me sentir aliviada, pois assim a viagem terminaria mais rápido.
Pensei rápido demais. O elevador deu um solavanco e as luzes se apagaram. Quase instantaneamente a iluminação de emergência acendeu.
Marcelo sorriu (ai, aquele sorriso...) e disse que era a bruxa da sexta-feira. Era assim mesmo, logo a luz voltaria, não precisava se preocupar. Mal sabia ele que eu estava mesmo preocupada.
Amiga, juro que tentei prender. Mas antes que saísse com estrondo, deixei escapar. Abaixei e fiquei respirando rápido, tentando aspirar o máximo possível, como se estivesse me sentindo mal, com falta de ar. Já se imaginou numa situação dessas?
Peidar e ficar tentando aspirar o peido para que o homem mais lindo do mundo não perceba que você peidou? Ele ficou muito preocupado comigo e, se percebeu o mau cheiro, não o demonstrou.
Quando achei que a catinga havia passado, voltei a respirar normal. Disse para ele que eu era claustrófoba.
Mal ele me ajudou a levantar, eu não consegui prender o segundo, que saiu ainda pior que o anterior. O coitado dessa vez ficou meio azulado, mas ainda não disse nada.
Abaixei novamente e fiquei respirando rápido de novo, como uma mulher em estado de parto. Dessa vez Marcelo ficou afastado, no canto mais distante de mim no elevador. Na ânsia de disfarçar, fiquei olhando para a sola dos meus sapatos, como se estivesse buscando a origem daquele fedor horroroso. Ele ficou lá, no canto, impávido.
Nem bem o cheiro se esvaiu e veio outro. Ele se desesperou e começou a apertar a campainha de emergência. Coitado! Ele esmurrou a porta, gritou, esperneou, e eu lá, na respiração cachorrinho.
Quando a catinga dissipou, ele se acalmou. As lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos. Ele me viu chorando, enxugou meus olhos e disse: "Meus olhos também estão ardendo..."
Eu juro que pensei que ele fosse dizer algo bonito. Aquilo me magoou profundamente. Pensei: "Ah, é, FDP? Então acabou a respiração cachorrinho..."
Depois disso, no primeiro ele cobriu o rosto com o paletó. No segundo,
enrolou a cabeça. No terceiro, prendeu a respiração, no quarto, ele ficou roxo. No quinto, me sacudiu pelos braços e berrou:
"Mulher! Pára de se cagar, pelo amor de Deus!". Depois disso ele só chorava. Chorou como um bebê até sermos resgatados, quatro horas depois.
Entrei no escritório e pedi minha transferência para outro lugar, de preferência outro País.

Apague este e-mail depois de ler, tá? Sua amiga,
Carolina

(HUAUHUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAHUAUHUHA)